segunda-feira

Eu brinquei, tu brincaste e eles continuam brincando!

Hoje é o “dia das crianças” e quem ganhou um belo presente fui eu, quando a Tati me abordou na escola e me convidou para escrever sobre a importância do brincar na primeira infância para o blog que participa. Além da delícia do convite que acabara de receber, fiz uma saudosa viagem ao modo com o qual cresci como a criança que fui, e que acreditem, continua em algum lugar do meu coração. Lembrei-me rapidamente do cheiro do mato e da textura do barro quando inventava fazer comidinhas, lembrei-me das bonecas de pano, dos banhos de chuva, dos surfes nas ondas do Ribeirão da Ilha nos dias de vento sul com os primos, da parede do quintal que meus pais permitiram que fosse a minha parede de artes e afins, onde a tinta e muitas invenções aconteciam, das parecerias dos amigos da rua quando pegávamos todas as almofadas e fazíamos uma brincadeira que chamávamos de “o caminho do trem fantasma”, das cabanas que criávamos para colocar em ativa o nosso “clubinho”. Recordo-me inclusive da senha que usávamos para ingressar no mesmo, segredo este que, infelizmente, por mil motivos não posso revelar a vocês. Lembro-me principalmente do sorriso aberto e tranqüilo da minha mãe ao me observar brincando e inventando moda enquanto os dias passavam e eu crescia. Ela era uma mulher pontual nos combinados comigo, mas me permitia inventar, criar, sentir, vivenciar... Penso que ela era um belo exemplo para a pedagogia predominante de mais de trinta anos sem nunca ter feito esta graduação, onde a grande maioria dos meus amigos ficavam submetidos a responder apenas quando questionados, escrever apenas quando solicitados, reproduzir apenas o que os outros pensavam, como se estas fossem escolhas inerentes do ser humano. Então, dá para imaginar: quando a “ovelha negra” aqui se juntava para brincar com os outros pequenos, na certa novidades e farras aconteceriam! Talvez este tenha sido um dos motivos pelo qual eu era pouco convidada para brincar na casa de minhas amigas. Mas em compensação, todos meus amigos de infância se convidavam para brincar e dormir na minha casa, onde o portão servia de rede de vôlei quando viramos adolescentes.

Nesse período conheci o Ata, meu marido e pai dos meus dois filhos. Coincidentemente quando nos vimos pela primeira vez, estávamos brincando: ele jogava vôlei com alguns amigos e eu acabava de voltar de uma boa partida de taco. Uma das coisas que mais gostamos um no outro foi o modo com o qual havíamos sido crianças. Ata cresceu no interior do Estado de SC, em que os afazeres da fazendo misturavam-se em um milhão de brincadeiras. Recordo-me de que um ano depois do nosso namoro iniciar, fui conhecer o lugar em que ele havia vivido suas experiências de infância.

É fato que durante a visita meu olhar já estava modificado, pois já cursava as primeiras fases do curso de Pedagogia. Assim, ao descer do carro depois de observar muitos hectares de terra, meus olhos brilhavam ao sentir os disparos do meu coração! Quanto espaço, quantas árvores frutíferas, quanta lama meu Deus!!!! Quanta coisa boa! Banho de rio gelado, histórias contadas na roda, comida da horta plantada por ele! Parecia surreal, mesmo para mim que havia experimentado tantas possibilidades enquanto criança.
Pela primeira vez tive a certeza sobre as dúvidas que sentia sempre que o via resolvendo tudo tão facilmente! Sempre cheio de mil idéias, o Ata não se apurava e nem se apertava em situação alguma. Tudo era resolvido com uma boa dose de humor! A frase: “O Ata é assim porque brincou quando criança” virou carro chefe aqui em casa. E é assim até hoje!

Quando os filhos nasceram e chegaram na idade em que viver a experiência do brincar com outras crianças nos parecia ser fundamental, conhecemos todas as escolas alternativas de Floripa, pois morávamos num “apertamento” e buscávamos espaço e terra para eles. Naquele período eu ainda era estudante das últimas duas fases de pedagogia e Ata havia iniciado o curso de Direito. Quando estávamos com as crianças em casa, lembro-me de inventarmos brincadeiras com brinquedos não estruturados para que a Julia e o Vitor descobrissem nas coisas mais simples a possibilidade de criar, se encantar e imaginar, aspectos esses que não deveriam ser um direito na infância e sim um dever no processo do crescimento de todas as crianças. Tocando no mundo, explorando os desejos, o ser curioso, imitando os adultos nos papéis da brincadeira, as crianças passam a compreender como funciona o mundo real e para que ele serve, além daquilo que o olhar e a idéia da criança permitem que possa ser reinventado e melhorado por ela. Desse modo, pelo menos aqui em casa, alguns lençóis viravam pano de fundo para o cenário de uma “peça” que as crianças inventavam apresentar, ou uma caverna de monstro quando insistentemente o Ata escolhia brincar assim com o Vitor, a capa de um super herói com grampo de roupa no pescoço ou até mesmo uma rede para brincar de deitar e ser embalado enquanto segurávamos as pontas e levantávamos as crianças até meia altura.

Para brincar é fundamental que o adulto a princípio, esteja ao lado da criança como o parceiro que vai ajudá-la a organizar os espaços, os materiais e tudo mais que precisar para que a brincadeira e um mundo de mil ideias possam ser colocadas em prática. Como as crianças não nascem sabendo brincar e precisam do outro para descobrir como funciona esse processo, consideramos a brincadeira como algo socialmente aprendido. Com o processo de crescimento em andamento é possível observar que a interação das crianças ao brincar vai ganhando outras complexidades e muita autonomia, o que nos leva a observar bem mais do que intervir e dar idéias.

Se “Einstein teve tempo para brincar”, livro que estou lendo e que indico para pais e educadores, por que nossos filhos não teriam?
Brincando eles serão mais felizes, mais bem resolvidos, mais autônomos, mais tranqüilos, mais seguros, mais criativos, mais generosos, mais inventivos, mais encantados e encantadores, mais, muito mais mesmo, as crianças felizes e comprometidas que devem ser!
Feliz dia das crianças!!!
E parabéns a todos os pais que as permitem viver a infância!!!               
Um beijinho,
Fabricia    


Fabrícia d’Avila Exterkoetter, mais conhecida por Fá, é uma verdadeira apaixonada pelas relações que se estabelecem entre as pessoas e pelo desenvolvimento infantil. Concluiu seus estudos em Pedagogia, na Universidade Federal de Santa Catarina, em Agosto de 2000. Desde lá não parou mais. Fez estágios na sua área e trabalhou como educadora da Infância com todas as faixas etárias que compreendem esse período. Atualmente é diretora pedagógica da Escola da Oca e coordena um trabalho com 28 educadores (professores, estagiários e apoio da Equipe Pedagógica), além de realizar formações pedagógicas com profissionais da área da Educação Infantil a respeito de “Projetos de Trabalhos” para a Infância. Fá também desenvolve outro grande papel: é mãe do aventureiro Vítor e da linda Júlia.


Fá querida, muito obrigada por aceitar o convite! Parabéns pela família linda que tanto admiro!

Post originalmente publicado no dia 12/10/10 em outro blog que escrevia.
Beijos, beijos

terça-feira

Programação III Bazar Coisas de Mãe

Olha quanta coisa legal programada!
Realmente será um dia especial


Esperamos vocês lá, hein?

domingo

Uma horta pra chamar de nossa

Meu post hoje, fala de um sonho de consumo que tenho há muito tempo! Uma horta em casa. Pois é em tempos de correria maluca meu maior desejo é poder colher no jardim saladinhas fresquinhas, com garantia “mesmo” de não ter agrotóxicos para meu pitoco.

Mas mesmo morando em uma casa, não tenho mais que um jardim de 2m x 1m para plantar, parece que os antigos moradores curtiam um concreto e espalharam por todo pátio. Mas não me dei por vencida e hoje já colhemos cebolinha, alecrim, manjericão (o rei do pedaço), rúcula, brócolis, morango, tomate cereja...

Com a verba curta e com muita vontade de ampliar nossa colheita não desanimei e fiz do meu jeito um novo canteiro (improvisado reciclado) para receber as novas sementinhas. Abaixo divido com vocês nossas aventuras agrônomas!
1 – conseguimos caixotes de feira que deveriam ser impermeabilizados por dentro com neutrol e protegidos por fora com verniz ou stain, massssssss como tava decidida naquele dia, ignorei estas etapas e fui logo para os finalmente... kkk
2 – sacos grossos, usei os de ração que são ótimos! Super resistentes.
3 – abri a lateral maior e fiz vários furos na outra extremidade.
4 – grampeei o saco em toda borda da caixa, deixando o fundo do saco suspenso
5 – depois de forrado ficaram assim
6 – coloquei brita e terra. Poderia ter colocado antes da terra a areia, mas como não tinha fiz assim mesmo.
Pronto! Nesta etapa você já tem uma floreira superrrrrrrrrrrr barata, ecologicamente correta e que cabe em qualquer sacadinha que bata sol. Você pode plantar as mudinhas ou semear flores, hortaliças, ervas medicinais...

7 - você também vai precisar de uma mãozinha pequeninha para semear...
8 - o caixote mais baixo usamos como sementeira. Colocamos um saco plástico para fazer tipo uma estufinha, tomando o cuidado de deixar a terra sempre úmida.
9 - dias depois tiramos o saco plástico e lá estava a alface, o alho poró e o agrião dando o ar da sua graça...
10 - a beterraba plantada no caixote maior também começou a brotar logo em seguida.
11 | 12 - Passados mais alguns dias e as beterrabas e as cenourinhas já estavam enchendo de verde nosso quintal!

Além de fazer um bem danado para o planeta faz muito bem para nós e principalmente para nossos filhos, mexer na terra, semear e ver dar frutos faz a cabecinha dos pitocos viajarem!!
Como tenho em casa um pequeno viajante, cientista, curioso... resolvemos ir além da plantação e já preparamos nossa primeira compostagem feita com garrafa PET. Tempos atrás, vi numa comunidade que faço parte no Orkut (Horta em Casa) um PAP postado pela Noely. Adorei a ideia e já comecei a separar as cascas e restos de comida, guardei em potinhos de sorvete, bem fechado na geladeira. Abaixo todo o processo.

Compostagem com garrafa PET
1 - você vai precisar de duas garrafas PETs cortadas assim
2 - faça furos numa das tampinhas para escoamento
3 - quando já tinha uma quantidade razoável de restos e cascas, bati tudo no processador. Tentei no liquidificador, mas não deu certo... se você não tiver processador corte em pedaços pequenos para acelerar o processo.
4 - no processador fica bem miudinho, mas também não é tão fundamental, só levará um pouco mais de tempo para você ter seu adubo!
Depois desta etapa, basta montar sua composteira conforme a imagem abaixo.

Observação importante: Quando tirei a foto, a base estava sem areia para mostrar bem o encaixe. No fundo da Pet que serve como “pratinho” também vai areia para não dar mau cheiro.

Deixar em lugar ventilado, que não pegue chuva e longe de animais domésticos. Para evitar mau cheiro não utilize restos de laticínios, nem carnes e ovos.
Tau mostrando o que vai virar adubo

Beijos

quarta-feira

O que é Doula??

Bom dia a todas, meu nome é Cristina e recebi o convite da Tati pra falar um pouco sobre os meus serviços de doula.

Doula é uma profissional que educa as gestantes durante os últimos meses sobre o parto, cuidados com o bebê, cuidados do pós-parto, amamentação etc. Além disso eu acompanho todo trabalho de parto e parto para ajudá-las a ter o parto ideal que elas querem. Além da informação, dou apoio, a presença da doula na maternidade mostra para os médicos que a mãe sabe como tudo funciona e que ela esta fazendo de tudo para ser respeitada. Com isso podemos diminuir em 50% as taxas de cesárea ,diminuir em 20% a duração do trabalho de parto, diminuir em 60% os pedidos de analgesia, diminuir em 40% o uso da oxitocina e diminuir em 40% o uso de forceps.

O valor do acompanhamento varia de doula para doula, as experiências, as formações acadêmicas, e a média nacional é de R$ 400 a 900 reais. O ideal é que você conheça as doulas e só depois decida qual a ideal para você. Ser Doula não é uma opção, é um chamado, um verdadeiro dom. Para doular você precisa se dedicar de corpo e alma,  abrir mão da sua vida pessoal para ajudar a sua paciente a ter a experiência mais incrível da vida dela. 

Eu doulei pela primeira vez há 4 anos, acompanhando um parto e ajudando 2 mamães no pós-parto, foi puro instinto e me apaixonei pela maternidade, tanto que engravidei 1 mês depois com apenas 17 anos !!!
Apesar de não ter sido planejada a minha filha Sofia foi totalmente desejada, hoje apesar de ser ainda nova
eu tenho sucesso profissional, e o fato de ser mãe ajuda bastante.

Alguns dias são de correria total, a paciente me liga em trabalho de parto, tenho 2 horas para chegar no local
(às vezes menos) e preciso me arrumar, comer, arrumar a Sofia, deixá-la na casa da minha mãe e ir a casa da paciente ou hospital. Alguns partos são rápidos, 2 horas, outros chegam a 30 horas de trabalho!
Também nunca tenho certeza dos meus planos, já desmarquei vários compromissos por ter que ir atender a um parto, e planejar férias é ainda mais difícil. Mas com amor eu vou lidando com tudo isso, ser mãe, ser mulher, estar sempre me atualizando, estudando e tentando ter uma vida pessoal rsrsrsrsr.








Se você esta esperando um bebê, tenha uma doula, ela pode fazer toda a diferença. Obrigada Tati pelo convite, e obrigada a todas
que valorizam o nossa linda missão.

Cris De Melo
Téc. Enfermagem
& Doula!
(48) 9168-0506
cris.sofia20@hotmail.com
www.crisdoula.blogspot.com

Obrigada você, Cris! Imagino como deve ser gratificante esta sua correria, hein?

Beijos, beijos
 

domingo

Esboço convites e lembrancinhas - Joaninha

Esta semana entreguei um projetinho muito fofo para uma cliente e amiga querida.
Abaixo o esboço dos convites e lembrancinhas.
Depois coloco aqui como ficou.






Beijinhos

quinta-feira

o que é? o que é?

Projetinho delicia de fazer, muitas pecinhas pequenas para cortar, colar e costurar...
O resultado ficou uma graça


E aí, já sabe o que é?
Arrisca um palpite?!?

No próximo post mostro o que é.
Beijinhos

terça-feira

Receitinhas para fazer com as crianças

Abaixo algumas receitinhas legais para fazer com as crianças neste fim de férias! 

Polenta Assada
- Polentina
- Queijo parmesão ralado
- Orégano
Faça a polenta conforme as indicações da embalagem. Despeje em uma forma alisando com uma colher ou espátula, espere esfriar um pouco e corte vários formatos usando cortador de biscoitos. Depois coloque queijo ralado e orégano sobre as formas e leve ao forno até o queijo derreter. Deixe seus filhos cortarem as formas e colocar o queijo, eles vão adorar!


Brusqueta
- Azeite de oliva extra virgem
- 1 dente de alho descascado e cortado ao meio
- Pão francês integral
- Queijo minas ou mussarela
- Peito de peru ou chester
- Tomate cereja
- manjericão fresco
Corte os pães e esfregue o alho no miolo e regue com o azeite.
Acomode as metades de pão na assadeira, espalhe o queijo e o peito de peru por cima. Pré aqueça o forno a 180ºC e aqueça as brusquetas por cerca de 10 minutos ou até que o queijo tenha derretido.
Corte os tomates cerejas, misture o manjericão, azeite e sal a gosto. Assim que tirar as brusquetas do forno coloque os tomates sobre cada brusqueta e sirva em seguida. As crianças podem participar temperando os tomates e colocando sobre as brusquetas.
Hambúrguer ou Almôndegas
- Carne moída (bovina ou frango) - Aveia - Ovo - Gergelim - Temperos a gosto. - legumes e verduras para decorar
Misturar tudo até formar uma massa e moldar no formato que quiser.
Tomar cuidado para não deixar muito seca, caso aconteça coloque mais ovo. Prepare na frigideira bem quente com pingo de azeite.
Depois de pronto decore formando carinhas e monstrinhos.

*post publicado primeiramente em outro blog que escrevia.

Beijos, beijos

domingo

Férias!



Deixei alguns posts programados enquanto estiver viajando!
Espero que gostem e venham sempre visitar!

Quando retornarmos venho aqui contar tudo tim, tim por tim, tim sobre a viagem e as certas inspirações que terei nesta aventura!

Beijinhos

sexta-feira

Mais Fotos do Bazar Coisas de Mãe










Clarinha e Ligia, uma das organizadoras do Bazar
Já marquem na agenda!
III Bazar Coisas de Mãe
Dia 26 de fevereiro
No SESC - Cacupé (Floripa)
Das 14h às 20h

Esperamos vocês lá, hein?
Beijinhos